domingo, 20 de abril de 2008

Vou ser eu!


E agora? Sinto-me um resgate por ser encontrado. Um débil por não saber como responder às questões por mim próprio colocadas! Pedi, chorei por não ter, encostei nas paredes pos-its de amargura por me sentir o único ser a não obter resposta, e sofri. Mas agora que o vento me assobia e que o negro do Inverno já passou, não sou capaz de receber as andorinhas que chegam. Continuo a ver as folhas cair ao invés de ver flores a desabrochar! E porquê? Por que baralho as cartas antes de as dar? Não quero continuar a jogar as cartas, não vou continuar a ver a vida na varanda do meu quarto. Desejo descer e experimentar a terra molhada nas mãos. Basta! Vou encerrar as portas que abri de uma vez por todas e sair de casa… Voltarei sempre para a limpar, mas vou ser um “outsider” e recolher-me em mim na luz da lua platinada do mundo.
Sei que estou no ponto que sempre desejei, que obtive tudo o que em preces secretas havia pedido. E agora vou ter a coragem de saber respeitar o que me deram e prosseguir rumo à felicidade… Vou cantar as melodias que sonhei… Em máquina de escrever, recuperar o fôlego para avançar como novo… Vou ser eu!

terça-feira, 15 de abril de 2008

O que fui agora!


Foi numa manhã de sol num dia de primavera, em que despertei e encontrei as sensações que me vincariam para sempre! Foi enquanto chovia nos corações de muitos, que descobri o que queria e o que seria. Após muitas lutas, depois de ter ultrapassado tantos obstáculos, estava pronto para enfrentar a batalha ciente do que seria o futuro.

Foi um percurso longo e carregado de espinhos, mas foi o que me tornou hoje no que sou, na personagem forte, neste tecido de seda que se mostra de lã. E não tenho medo de me magoar, de saber que esta viagem em nada será virtuosa, mas sim, penosa. Sei que possuo segurança, e que essa me levará até onde quero.

Descobrir que se é homossexual e dizê-lo assim sem rodeios, ou com meias palavras, não é de todo uma comprovação fácil de assumir, até porque isso vai contra tudo o que nos tentam ensinar enquanto crianças. Ultrapassa todo o ritual imposto pela sociedade e vai contra a panóplia da procriação. Mas o que importa? Trata-se de amor, e por mais diferente que este seja, devemos nós julgá-lo? Teremos nós na nossa boca, o direito de pontapear dois seres que apenas têm o facto de amar? Dúvidas. O tempo. O sofrimento.

Para chegar até onde sou, existiu um caminho ensombrado de sombras e figuras que não me permitiram encontrar a luz quando mais precisei. Mas também por aqui passaram e permaneceram outras tantas que eram num todo, uma lâmpada acesa num quarto fechado e escuro. E tantas as histórias, tantos os dissabores, choros…

Choro! Lágrimas perdidas, coração partido. Coloquei a questão, uma questão a mim próprio. O porquê de tudo isto? Haverá limites para a forma humana? Não sei, e como tal decidi embarcar na aventura que é esta vida. Uma espécie de reflexo do que sou, com um toque de pimenta para picar os costumes. Falsas verdades, mentiras disfarçadas de artistas de circo. Aqui está uma história do que sou, do que fui, de um sonho do que serei. Mas aqui também está uma cobertura de chocolate que não fiz, de frutos numa salada de frutas que não cortei.

domingo, 13 de abril de 2008

"Eu não sei Dizer"


"O silêncio, deixa-me ileso
E que importância tem?
Se assim, tu vês em mim
Alguém melhor que alguém.
Sei que minto, pois o que sinto
Não é diferente de ti
Não cedo, este segredo
E frágil e é meu

Eu não sei...
Tanto, sobre tanta coisa
Que às vezes tenho medo
De dizer aquelas coisas
Que fazem chorar

Quem te disse, coisas tristes
Não era igual a mim.
Sim, eu sei, que choro
Mas eu posso, querer diferente pra ti

Eu não sei...
Tanto, sobre tanta coisa
Que às vezes tenho medo
De dizer aquelas coisas
Que fazem chorar
E não me perguntes nada
Eu não sei dizer..."


David Fonseca

quinta-feira, 3 de abril de 2008

18

Apenas porque me apetece referir que faltam dezoito....

Dias... horas... minutos... segundos...!

Daqui em diante, sempre a subir.

Dezoioto!

E mais um acréscimo nas adições da vida... Quando o tempo não volta p´ra trás!