terça-feira, 21 de outubro de 2008

Turn back time...


Uma experiência cheia de riquezas desconhecidas. Uma lembrança que aperta o coração. Uma memória com desejo de repetição. Quem sabe para o ano haja mais, e eu ao invés de estar aqui a recordar o passado, não esteja novamente aí... Onde o sonho ganhou asas, onde a realidade me fez chorar, onde o abismo não importou mais! Fecho os olhos e ainda respiro o mesmo ar. Abro as mãos e ainda sinto o mesmo vento. Abro os olhos... E já não te vejo! Ficam as memórias! Fica a nossa história.


domingo, 19 de outubro de 2008

Shanti Ashtangi


Vande gurunam caranaravinde

Sandarsita svatma sukhavabodhe

Nihsreyase jangalikayamane

Sansara halahala moha santyai

Hala hala

Abahu purusakaram sankha cakrasi

Abahu purusakaram sankha cakrasi

Dharinam dharinam sahasra sirasam

Dharinam dharinam sahasra sirasam

Vande


Om Shanti, Om Shanti

Shanti shanti

Shantay Om



(Eu venero o gurú do pé de lótus
No despertar da felicidade da auto-revelação
Acima da compaixão
Trabalhando como um médico na selva
Para pacificar a perda da consciência
Do veneno de nossa existência
Com a forma de um homem
Com os ombros para o alto
Segurando um escudo, disco e espada
Milhares que tiveram suas cabeças como alvo
Eu faço uma reverência respeitosa
Paz)

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Doces Agridoce


Eu sei que tento! Sei que luto e que permaneço na frente da linha de combate. Mas também conheço o sabor da derrota, de ver a taça apenas ali no pedestal, de olhar em redor e ver sorrisos que deviam estar na minha boca. Acordo diariamente, e lá vou eu novamente para este agridoce que apenas queria doce. Mas a vida é feita disto mesmo, de chupas com capa de açucar azedo, com interior de morango, tangerina ou kiwi.
Às páginas tantas risco uma folha em branco e passo para outra. Há dias em que não apetece escrever, há dias em que simplesmente não apetece viver. Hoje é um desses dias! É o momento em que me sinto com azia, que sinto a cabeça baralhada com esta confusão que instalo sempre que tudo corre bem, que me apetece apenas pernoitar no sofá e por ali mesmo adormecer. Não quero sentir! Por agora quero apenas existir e pedir que os sentimentos voltem no próximo domingo, depois da missa!
Uma vez mais apercebo-me do quão complexo sou e assusto-me com o reflexo que encontro no espelho! Agora não estou para ninguém, nem para mim, e muito menos para ti. Quero apenas fechar os olhos e esperar que melhores dias cheguem ao calendário. No fundo apenas precisava de um pouco de paz, de estar comigo outra vez, de gozar a minha companhia, de fugir um dia inteiro por aí sem dizer nada a ninguém! A rebeldia que tenho agora na minha vida é insuficiente comparada com o meu passado agitado e desconcertante! Preciso de ir ao supermercado comprar gomas…*

domingo, 5 de outubro de 2008

Aliança


As mãos vestem-se de ouro, prata, ou mesmo até outro material, o importante não é a matéria mas sim a simbologia. Por entre ruas e vielas, frequentemente encontramos pessoas que se passeiam atarefadamente usando um símbolo do tal amor eterno! São muitos os seres que o usam e que dão a esta pequena peça um valor tão profundo, que faria secar os maiores poços de água. Sorriem de felicidade quando a recebem, exibem-na aos amigos como prova do amor que alguém nutre por estes, e raramente a retiram do seu dedo, qual obra de arte em constante exposição! No entanto, existem também aqueles que não encontram qualquer tipo de significado nesta anilha, fazendo surgir assim o confronto quando dois seres com estes pensamentos opostos se unem numa relação com todos os ensaios de longa e duradoura!
E por entre ruas e becos, lá vou eu tentando encontrar o real sentido para um objecto ao qual nunca dei importância, a não ser quando vejo alguém interessante fisicamente e quero perceber se é ou não comprometido. Mas aí nasce então uma dura questão! Não vale de nada termos algo atado a nós que simboliza uma união com outro alguém, quando podemos perfeitamente retirar o anel sempre que desejarmos. Usar aliança não é sinónimo de fidelidade, e isso sabê-mo-lo perfeitamente…
E mais uma caminhada, e contínuo a pensar se esta tal aliança pode mesmo ser um verdadeiro símbolo do amor. Pablo Picasso eu sei que está relacionado com o Cubismo, o Fado com Amália Rodrigues , e Camilo Castelo Branco com o Romantismo (ou Ultra-Romantismo para ser mais preciso), agora, também sei que a aliança está relacionada com o casamento, o namoro, mas por entre estes quatro exemplos tão distintos, existirá alguma verdade pura e sincera no último? Acho este ritual tão falsário e desnecessário.
Mas a vida é feita disto mesmo. Por vezes encontramos razões que a própria razão desconhece e damos por nós envolvidos em crenças que não são as nossas, mas que por algum motivo nos conseguiram embutir e mostrar que pode até existir alguma beleza no gesto. E desta feita, para não fazer a desfeita, pensamos agora em arriscar e deixar o tempo passar. Quem sabe ela não incomóde e passemos até a achar uma certa graça à Senhora aliança? Sim, porque agora que chegou com este ar tão formal, há que tratá-la com todo o respeito, não vá ela decidir amuar e partir para outros dedinhos…