quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Enquanto as palavras não chegam...

Road Trip...
Lisboa - Porto - Braga - Vieira do Minho - Gerês - Amares - Gerês- São Bento da Porta Aberta - Ruivães - Porto - Lisboa!



















quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Memórias Vivas!




Um destes dias deparei-me com um lugar mágico num dos tais lugares comuns. Uma casinha antiga, qual património do tempo de Marquês de Pombal, escondida por entre uma manifestação que se ouvia no ar, por entre portas por abrir, ali algures onde os raios de sol correm atrás dos raios lunares. Pormenores!
E lá estavam eles. Escondidos atrás da porta ansiando, ou não, serem descobertos por mais um olhar curioso. Confesso que podiam até desejar ficar assim, em estado vegetativo, sem serem incomodados, mas a jogar xadrez, a curiosidade venceu a vontade dos objectos. Aqui e ali, misturados numa paleta de gostos no mínimo improvável, móveis e decoração antiga, mas que não deixava de ser atraente, misturavam-se numa casa um pouco como o Vinho do Porto! Grande, assoalhada e com um odor que relembrava os avós. Falta sentida agora dos meus por serem demasiado modernos, tão em falta de memórias vivas.
Desloquei-me de máquina fotográfica em punho e captei os tais pontos que me provocaram um certo tipo de fascínio. Objectos de um nós por cá, de uma história de algures, de gentes de fora. Uma espécie de colecção de um qualquer mercador dos tempos passados que recolhia lembranças por onde passava.
E assim se deu uma tarde diferente. Nova, inesperada, fresca com cheirinho a pó. Assim se realizou o que precisava hà algum tempo. Uma janela aberta com ar fresco dentro da sala do meu passado vestido de presente! Incongroências portanto?

domingo, 9 de novembro de 2008

Pormenores


A vida é feita de pormenores. De pequenos pontos invisíveis escondidos por entre a azáfema de excentricidades. Lugares comuns recheados de surpresas incobertas em pasta de carmim.
Cada um de nós tem e dá um valor diferente a cada objecto, ou até mesmo sentimento, o que faz com que nos rejamos por vontades desiguais. Deste modo, em muitas alturas, bem sei, posso parecer estranho e improvável por reagir de forma inesperada quando me encontro com um desses pormenores. Mas tudo o que faço é simplesmente agir com a minha naturalidade, incompreendida pelos demais. Eu sei que coloco muito êxtase, é verdade, mas que fazer? Mil vezes uma verdade difícil de aceitar, somente uma a utilização de uma máscara.
Gosto de sensações, de diferenças, de tudo o que não seja comum! Faço da vida um pormenor com diferença, uma nova refeição sempre que me sento à mesa com a vida.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Descobridor...?


Sinto-me a boiar dentro de mim próprio. À deriva dentro do meu raciocínio. Esfixiado pela minha respiração. Atracado ao desgaste de um cérebro que não quer pensar.

Já não sei se penso porque existo, se existo porque penso. Só sei que já nada sei, e tudo o que queria era saber. O porquê? Quando? Onde? Quem? Vou riscar as perguntas e dedicar-me a outra parte da língua portuguesa. Dicionários! Aí tudo tem significado, e em muitos casos até mais do que um, e pelo menos assim não ando a navegar em ondas de dúvidas, em sentimentos armados em "Vascos da Gama". Já não tenho vontade para ser descobridor!

domingo, 2 de novembro de 2008

Na minha esfera!


Por dentro estou a tremer de medo. Sinto o corpo dermente com o frio que sinto percorrer cada ponta do meu corpo. O coração, feito iceberg de gelo, qual titanic em profundo choque.
Não estou com cabeça para floreados ou para ser demasiado profundo, neste momento apenas quero descarrgar a fúria e raiva que sinto por estar novamente num enredo que já conheço o desfecho. Chego à conclusão de que sou uma personagem à já muito vista numa qualquer novela mexicana!
Agora, aqui neste colchão desconhecido, mas já presença na minha vida, apesar de acompanhado, sinto-me sozinho na minha esfera egoísta e insensível! Cheiro-me e já não reconheço este odor. Olho-me e já não me reconheço. Apenas choro com pena de mim.
Quero dizer adeus, mas faltam-me as forças. Quero prosseguir, mas cego, não vejo o caminho. Vou sentar-me à beira-mar aguardando que a noite passe e que o nascer do sol me revele novas do outro lado do rio!