segunda-feira, 30 de março de 2009

Amanhã quem sabe o sol volte a espreitar aqui...


Depois da tempestade vem a bonança! E é precisamente nesta máxima a que me tenho agarrado nos últimos tempos. Bem sei que tenho andado mais depressivo, paranóico até, mas é inevitável deixar de sentir o chão a escapar dos meus pés. Não quando se tem objectivos, quando se deseja muito uma coisa e ela não acontece.
Sinto-me na maior parte dos dias um sem abrigo, um parasita que se limita a passear por aí, a deambular sem que ninguém lhe abra a porta. E sei que sim, que não devo desesperar, que tudo se vai resolver, mas como? Quando?
Não quero fraquejar, não posso desistir, mas esta luta é tão difícil, é tão solitária, é tão cheia de raiva. Só quero um pedaço de uma luz que me faça recuperar o fôlego e continuar a caminhar. Queria só que algo positivo acontecesse. Que o telefone tocasse com uma chamada de boas notícias. Que tocasse simplesmente. Nada chega, nenhuma novidade, nenhuma boa nova!
Mas alegro-me porque à minha volta vejo sorrisos surgirem depois da negrura da noite, depois de uma luta semelhante à minha, depois de caírem por terra e se erguerem novamente.
Respiro fundo, fecho os olhos, deixo cair mais uma lágrima, e levanto-me novamente. Hoje é mais um dia, um somatório neste calendário de tristeza. Amanhã quem sabe o sol volte a espreitar aqui...

quinta-feira, 26 de março de 2009

Deito-me na cidade


Deixo as minhas pegadas por aí marcadas, nas areias humedecidas da cidade. O dia vai a meio e o sol quente de verão aquece o alcatrão. Eu, aqui deitado, queimo o meu corpo como um pedaço de carne a grelhar. À minha volta os carros desviam-se da minha insanidade. Os condutores gritam perante a minha loucura, a minha liberdade. Quem se desloca no passeio, pára incrédulo, de olhar assustado, de mãos na cabeça. A cidade que ia tão bem em mais um dia de rotina, mexe-se agora com este pequeno estrondo que provoco, o trânsito que gero, a confusão que vou criando.
Sorrio. Um sorriso que vem cá de dentro, inexplicável, autêntico. Não me preocupa o que virá a seguir. Só quero derreter na estrada, continuar este movimento parado. Ficar assim a aproveitar o dia à minha maneira.
Mas nada é eterno e sou levantado. Tratado como um insano. Olhado como um perigo. Não importa! O gozo que que corre agora nas minhas veias é tão mais cheio de tudo, que este nada é somente isso. Fraco vazio.

terça-feira, 24 de março de 2009

E puff, perdeu-se a inocência!

E assim se perde a magia de outrora!
Assim a menina Anita cresce e se moderniza.
Assim se foram as histórias, nossas, de antigamente.
Assim se deixou de jogar às escondidas e à apanhada.

Perdeu-se a inocência, mas valhem-nos as gargalhadas!
Podem já conhecer alguns, podem desconhecer outros. Eu dei-me ao trabalho de fazer uma pequena escolha e colocar aqui os melhores, na minha opinião!

Divirtam-se...!






















segunda-feira, 23 de março de 2009

I´ll be the best you never had!


A dor que pensei ir embora passado algum tempo persiste em estar presente ainda no coração. Queria engasgar-me e vomitar o novelo que está preso, mas nada sai, engasgo que não surge.
Não vou mentir dizendo que já não penso em ti, que não te recordo, que já não choro por ti. Não sou mentiroso! A vontade que tenho de voltar a estar nos teus braços, há dias em que é tão forte, que tenho de me prender debaixo da cama para não cometer nenhum erro primário e repentino.
Sinto saudades dos tempos em que fomos felizes, em que bastava um gesto teu para me fazer sorrir, e como me fazias dar gargalhadas em alguns dias, noutros, simplesmente me fazias chorar... Recordo-te como uma pintura em que se rasgou a tela. Em que usamos todas as cores da paleta, em que nos fartamos de ver negro, onde colocamos branco, onde vimos o arco-íris.
Pensei que nunca chegaria a conseguir escrever-te, mas o momento chegou, o momento em que me encontrei novamente contigo, sem querer. Aqui estavas tu guardado nas minhas memórias, onde menos esperei. E voltei a chorar. Por tudo o que fomos, por tudo o que já não somos, por tudo o que um dia ambicionamos ser! E de novo o nó na garganta!
Se te visse agora, a minha vontade era de te bater! Como foi possível perdermos tanto que construímos? Como é que aconteceu estarmos tão perto e tão longe ao mesmo tempo?
Não sei onde estás tu agora, o que fazes, o que é feito da tua vida! Um dia prometeste-me construir algo melhor para ti, e foi precisamente por isso que nos perdemos mutuamente, um dia. Não sei se esse meu esforço foi em vão. Só ouço histórias ao teu redor que me assustam e que me magoam. Agora só penso como me posso eu ter apaixonado por alguém assim? O que é feito do que conheci de ti? Ou será que era apenas uma máscara e que agora deixaste-te vencer pelo cansaço e deixas-te de ser actor? Já não te sei!
E tinha tanto para dizer sobre ti, sobre nós, sobre um passado que durou mais do que era esperado. Porque é que a nossa história, tão enraizada nas nossas lembranças se tornou num peso como este?
Ainda te lembras do nosso primeiro olhar? Da primeira vez em que nos cruzamos e que sentimos o desejo, reprimido por estarmos em histórias diferentes? Ainda te lembras de tudo o que aconteceu e de como nos voltamos a encontrar passado tantos anos? Como é possível algo ficar recalcado e um desejo de uma noite se ter tornado num desejo de uma vida, e agora ser simplesmente uma lembrança? Como é possível?
Provavelmente já ultrapassas-te o que aconteceu e já não recordas uma história de mais de cinco anos. Não importa. Não tenho receio de ser só eu a sofrer! Não tenho medo de assumir a dor que me fazes ainda sentir!
E tanto que por ti fiz! Tanto que por ti aprendi a ser. Tanto que por ti lutei! Caramba! Como me podes ter feito isto? Não quero sentir ódio quando um dia existiu amor!
Esforço-me por te recordar como uma das minhas maiores aprendizagens! Como uma lição que tive e que agora chegou ao fim, por não ser mais necessária para este curso!
Lembro-me de tudo o que fizemos juntos como se fosse hoje. Carrego no play e o filme da nossa história começa. As viagens, os passeios, os poucos cinemas, a pouca praia, os poucos momentos a dois (em parte por minha causa), os cafés, os amigos, as noites que passamos juntos (não tantas como desejas-te), o teu toque, o teu beijo, o teu abraço, a tua entrega! Não quero continuar a ver este filme! Mas também não o quero apagar!
E agora? Agora o que faço? Já tentei continuar o meu caminho. Já me comportei como tu. Já te magoei por vingança! Já fiz tudo o que conseguia fazer, mas tu insistes em não desaparecer do meu caminho, dos meus olhos, da minha lembrança!
Sinto-me um idiota por ainda estar assim por alguém que actualmente nem a minha amizade pretende! Por alguém que se encosta em ruas de tesão e sexo inseguro! Por uma pessoa que já nem sequer merece estar entre mim, no meu pensamento. Mas não consigo evitar. Hoje, ao rever as tuas fotos, percebi mais do que nunca que ainda aqui estás, que chegas-te onde nunca ninguém tinha chegado!
Tocas-te em mim, nos meus amigos, na minha família, na minha vida! Foste onde nunca tinha deixado alguém ir! E para quê? Para deitares tudo fora?
Sei que somos incompatíveis! Que somos feitos de naturezas distintas e que não há nada em comum entre nós. Em tempos ainda houve um amor (será?), mas agora já nada existe! E volto a chorar! Choro porque fui cego por não perceber desde o primeiro minuto que nunca seriamos o que quisemos um dia ser!
E faltou tanto de ti! Faltou a protecção que nunca me deste! Faltou enfrentares os teus supostos amigos por mim! Faltou defenderes-me deles! Humilhaste-me e colocas-te o meu ego de volta ao ponto de partida, tão na lama, tão em baixo! Faltou dizeres a todo o mundo aquilo que me dizias a mim quando estávamos sozinhos! E foram tantas as vezes em que sentia que tinhas vergonha de mim! Que gostavas de mim mas que não o querias dizer a ninguém! E porquê? Por não ser um adónis? Por não ser um estereotipo qualquer de beleza? Bolas! Sou tão mais cheio de beleza por dentro, e tu bem o sabes! Mas não, nunca me puseste num pedestal!
Agora só quero limpar as lágrimas que me fizeste voltar a brotar. Agora só quero fazer um reset. Agora só quero ser capaz de continuar! Quero dizer-te adeus definitivamente e não tremer por receber uma mensagem tua! Dar-te desprezo e isso não me custar! Estar aqui. E tu não aqui. Longe!

“Como podemos revelar tudo a um estranho e ao mesmo tempo viver com alguém a quem nunca dizemos o nosso verdadeiro nome?”
- Closer (The Movie) de Mike Nichols.


I'll be the best you never had!
'Cause in your empty heart I've left a mark,
The best you never had.
I don't want revenge,
But if you must know the truth,
What you didn't see in me
Reflects what you will never be.
Now, when you're telling me I always was the one,
I feel your desperation.

domingo, 22 de março de 2009

sexta-feira, 20 de março de 2009

100



E hei-lo!
É o post número cem e é isso!

Obrigado por estarem aí.
E que venham mais cem!

quarta-feira, 18 de março de 2009

André


André. André de doce e meigo olhar. André o sonhador.
Abriu a porta de casa e desceu as escadas em passo acelerado. O porquê desconhecia-o, apenas sentia um vibrar estranho que lhe corria em cada veia do seu corpo. Correu para a rua.
Ao contrário do que havia visualizado através da sua janela, não estava um sol quente e luminoso, mas sim uma noite arrepiante e gelada. Sem que conseguisse controlar, as lágrimas pincelaram o seu rosto de dor e tristeza. Parou de correr.
Um jardim que desconhecia convidou-o a sentar-se num banco próximo, como se o chamasse para um encontro consigo mesmo. Não lutou, percebeu que chegara a altura de arrumar o roupeiro por completo e deitar fora o que já não precisava. Levantou-se em silêncio e caminhou por entre as luzes da cidade.
O rio. Deixou que o vento soprasse o seu corpo, e assim se elevava para além de si próprio. André crescia ao mesmo compasso que aquela noite ganhava vida. Sorriu e deixou os seus medos e desilusões afogarem-se nas águas sujas do Tejo.
Estava agora rodeado de pessoas, em ruas cobertas de portas e desejos. Um cheiro a droga e a álcool que lhe penetrava violentamente as narinas. Quis deixar de respirar. Quis fugir. Mas os seus pés mantinham-se cimentados nas pedras da calçada. Percebeu que estava mais sozinho do que imaginara e isso não o assustou, era agora Fénix e as cinzas já haviam voado para longe. Gritou!
Já não estava mais ali. Fechou os olhos e viu a sua vida num sopro, a passar mesmo ali à velocidade da luz. Fraquejou e deixou cair-se nos braços de algo. Não percebeu o que era, pois estava demasiado inconsciente. Deixou-se levar.
André sonhou. Sonhou tudo o que julgara poder sonhar. Respirou fundo e abriu os olhos. Agora, a planície, o vazio, a ausência de tudo, apenas ele e o mundo. Ao fundo o sol nascia clareando o seu rosto amassado pela vida. E sem qualquer explicação choveu. Uma chuva forte, agressiva, e ele nu, confuso!
Uma poeira de pó. Um cavalo branco correndo na sua direcção. Não conseguia visualizar quem o comandava, mas sentia o seu coração disparar, um batimento cardíaco rápido, um sorriso que não conseguia controlar, uma adrenalina crescente no seu corpo... um suspiro.

Ainda hoje não sabe quem ou o que vinha até ele, mas mantêm viva a esperança de um dia descobrir. André acordou despido na sua cama, molhado pelo suor que escorria no seu corpo. Abriu a janela e o sol brilhava no seu esplendor. Dentro de si não mais aquela dor, não mais aquela mágoa, não mais uma tristeza avassaladora. Agora percebia que tudo tem um propósito e que não pode desistir nunca! A porta está aberta, e o mundo aguarda as sua pegadas.
É tempo de virar a página, de seguir em frente, de não temer. André criança, agora quase Homem, vai amadurecendo com a viragem das horas e sabe que nada o fará parar. A chama continua acesa no seu coração e enquanto acreditar no cavalo branco (que pode ser tanto mais quanto o que imagina), saberá que vale a pena.

André. André de doce e meigo olhar. André o sonhador. Deixou a porta aberta e os sonhos dentro do seu quarto.
André. André de doce e meigo olhar. André o descobridor. Anda por aí sem medo, encantado com a dádiva de dar e receber. Com a certeza que o mundo é seu e ele do mundo.
André.
André vai chegar lá!
Vai encontrar riquezas julgadas desaparecidas.
Chegar onde jamais ousara chegar.
Não serão batalhas esquecidas.
Com o seu doce e meigo olhar...
André!

terça-feira, 17 de março de 2009

Fuck You


Look inside
Look inside your tiny mind
Now look a bit harder
Cause we're so uninspired,
so sick and tired
of all the hatred you harbour.

So you say
it's not OK to be gay
Well I think you're just evil
You're just some racist
who can't tie my laces
Your point of view is medieval

Fuck you (fuck you)
Fuck you very, very much
Cause we hate what you do
and we hate your whole crew
So please don't stay in touch

Fuck you (fuck you)
Fuck you very, very much
Cause your words don't translate
and it's getting quite late
So please don't stay in touch

Do you get
Do you get a little kick out of
being small-minded?
You want to be like your father,
his approval you're after
Well that's not how you find it.

Do you,
Do you really enjoy
living a life that's so hateful?
Cause there's a hole where your soul should be
You're losing control of it
And it's really distasteful

Fuck you (fuck you)
Fuck you very, very much
Cause we hate what you do
and we hate your whole crew
So please don't stay in touch

Fuck you (fuck you)
Fuck you very, very much
Cause your words don't translate
and it's getting quite late
So please don't stay in touch

Fuck you, fuck you, fuck you
Fuck you, fuck you, fuck you
Fuck you

You say you think we need to go to war
Well you're already in one
Cause it's people like you
that need to get slew
No one wants your opinion

Fuck you (fuck you)
Fuck you very, very much
Cause we hate what you do
and we hate your whole crew
So please don't stay in touch

Fuck you (fuck you)
Fuck you very, very much
Cause your words don't translate
and it's getting quite late
So please don't stay in touch

Fuck you
Fuck you
Fuck you

domingo, 15 de março de 2009

Another Conquest

Well... É com muito orgulho que informo que venci o campeonato de profissões a nível nacional, na área de vitrinismo! Sou portanto o campeão nacional de Visual Merchandiser! Mesmo tendo havido um factor surpresa, de ao invés de três montras conforme o projecto inicial, terem sido seis montras, duas de cada tema.
As palavras esgotam-se quando tento usá-las para deslindar toda a experiência a que tive o orgulho de experimentar durante seis dias únicos. O trabalho foi mais que muito, o suor, a ansiedade, o nervosismo, as decisões, a criatividade... Um misto de emoções inseridas dentro da minha caixa de magia!
No final, o esforço foi recompensado, e em setembro, aqui vou eu representar Portugal ao Canadá na competição Mundial, assim como em 2010 no Europeu em Lisboa. E era exactamente isto que precisava para não desanimar e para o meu ego voltar a renascer.

Deixo as imagens falar por si... E em breve mais imagens...!
























































sábado, 7 de março de 2009

Carta


Queria dar-te uma carta.
Escrever doces e meigas palavras. Fazer-te sorrir, embalar-te em cada vírgula.
Expressar o que sinto, ou julgo sentir.
Queria dar-te uma carta.
Uma folha de papel, escrita com tinta permanente.
A minha letra nua e autêntica. A creditação.
Queria dar-te uma carta.
Guardada gentilmente num envelope branco.
Um segredo ou vários, eu e tu, ali ou aqui,


Quis dar-te uma carta.
Não sei se este presente pode ser futuro.
Desconheço o paradeiro do tempo, meu e teu.
Uma carta.
O teu pensamento. O meu sentimento.
A verdade despida, a verdade que nos engana, uma mentira que acredita.
Afinal nunca houve carta.
Nunca houveram palavras. Nunca houve um nós.
Houve um agora, um ontem, um eu sentado a escrever cartas a si próprio.
Não precisamos de cartas.
As palavras são morte, a nossa boca a arma.
Os olhos cegos, a garganta seca pela utopia!
Carta.

sexta-feira, 6 de março de 2009

EuroSkills 2009


E após ter sido escolhido para ir representar a turma de vitrinismo do CECOA, parto este domingo, dia 8 de Março rumo a Santarém para participar na competição nacional na área de Visual Merchandiser.
Vou lá estar durante seis dias, a dar o meu melhor, a tentar superar uma prova de fogo, com um só objectivo, trazer a vitória para casa... Mas confesso que isso não vai ser tarefa fácil e que a ansiedade já caminha comigo neste momento.
O concurso irá ser composto pela execuação de três montras, cada uma com um produto e tema diferentes:

- Vestuário (Senhora, Homem e Criança): Anti-Luxo;
- Acessórios : Reciclagem;
- Calçado : Banda Desenhada.

O brain storming já foi executado, e continua a dar voltas na minha cabeça, pois quero realizar montras "fora do quadrado" e que surpreendam o júri. E por agora resta-me continuar a contar os dias até domingo.
Voltarei depois, com boas ou más notícias, mas com uma certeza, que me irei esforçar e que irei trabalhar e lutar para conquistar os meus objectivos!

See you soon... And cross your fingers for me!


(A imagem é relativa ao ano passado, mas não existiam acerca deste ano... E esta era a mais gira.)

domingo, 1 de março de 2009

Podridão!


Há coisas que me metem nojo!

E parte disso, é maior a porcaria vinda do ser humano... Porque é realmente perturbadora a forma como este consegue ser mais sujo que esgotos escondidos por baixo de nós.
Mas infelizmente, temos de viver na nossa própria lixeira, porque andamos às voltas uns com os outros. Na mesma Lisboa pincelada de aldeia. No mesmo cenário de putas e coirões, sexo nas esquinas com juras de amor eterno.
E o pior? É já nem ter interesse em construir relações. Parece-me tudo tão podre... Acho sinceramente que nunca desejei tanto ir embora, como neste momento. Vou aceitar a proposta. Vou tirar um grande time out só para mim!
Prefiro o meu mundo vazio, ao invés de um cheio sem espaço para respirar.