domingo, 17 de abril de 2011


O tempo, ou a falta dele, mantiveram-me em cativeiro. Ali preso no soalho do meu quarto. As folhas e a tinta olhavam-me com esgar, numa zombaria constante por me verem tão perdido que já nem escrever conseguia.

Demorei o meu tempo a tentar perceber o que se passava... Falta de imaginação? Alguma crise de suposto autor? Simplesmente uma amargura já tão demasiado pesada que erguer o braço para se escrever se tornava no maior dos meus obstáculos.

Mas ao fim de tanto tempo fui sobressaltado por uma vontade julgada já rendida e distante, e julgo que estou aqui novamente. Veremos quanto dura. Só espero que me ajude a dizer em silêncio tudo o que preciso de gritar!