domingo, 20 de abril de 2008

Vou ser eu!


E agora? Sinto-me um resgate por ser encontrado. Um débil por não saber como responder às questões por mim próprio colocadas! Pedi, chorei por não ter, encostei nas paredes pos-its de amargura por me sentir o único ser a não obter resposta, e sofri. Mas agora que o vento me assobia e que o negro do Inverno já passou, não sou capaz de receber as andorinhas que chegam. Continuo a ver as folhas cair ao invés de ver flores a desabrochar! E porquê? Por que baralho as cartas antes de as dar? Não quero continuar a jogar as cartas, não vou continuar a ver a vida na varanda do meu quarto. Desejo descer e experimentar a terra molhada nas mãos. Basta! Vou encerrar as portas que abri de uma vez por todas e sair de casa… Voltarei sempre para a limpar, mas vou ser um “outsider” e recolher-me em mim na luz da lua platinada do mundo.
Sei que estou no ponto que sempre desejei, que obtive tudo o que em preces secretas havia pedido. E agora vou ter a coragem de saber respeitar o que me deram e prosseguir rumo à felicidade… Vou cantar as melodias que sonhei… Em máquina de escrever, recuperar o fôlego para avançar como novo… Vou ser eu!

Sem comentários: