sexta-feira, 5 de setembro de 2008

I will love you...


Aqui me aconchego em mais uma cama. Lençóis arrumados e passados a ferro por uma história de outrora. Desejo distante, presente e realizado com contornos tão inimagináveis que me engasgo no novelo que tenho ainda na garganta.
Datas que interferem no meu calendário, e um somatório de anos que ganham vida num número de meses que cabem na palma da minha mão, nos meus simples dedos aliás! Olho para trás e percebo que tudo tem o seu momento para acontecer. E o desejo? Mantido por ter hibernado, ressurgido, mas por vezes escondido. Agora. Baralho o que sinto e vejo-te como um vírus que se começa a apoderar de mim de uma forma tão diferente, que nem me importo que estejas aqui quando quero que sejas longe. A conquista acontece quando pensamos que temos a porta fechada para esse tal vendedor de casa em casa. Encontras-te uma chave que não te dei, e essa busca por um cofre que guardo dentro de mim já não é necessária, tens a mão na fechadura…
Conheço-me a ponto de saber o quão crú e despido de verdades sentimentais posso ter sido. E sei que sou um ilusionista da paixão, pois consigo fazer magia quando ela nem existe. Mas conseguirei continuar a mentir quando me começo a adaptar, a assimilar a uma verdade, a deixar-me levar?
Todos sabem o que é o amor de nome, mas conseguem dar-me a mesma explicação? Uma definição homónima e sem rasto de subtítulos? O amor é aquilo que fazemos dele, é o que sentimos, é o que queremos e fazemos, é o momento! Nunca gostei da palavra “amo-te” pelo simples e irónico poder que ela possui, mas poderei algum dia utilizá-la quando te olhar olhos nos olhos e me fizeres chorar de felicidade? Nessa altura terei de te transmitir toda a alegria que sentir, e fazer-te sentir poderoso por derreteres o gelo que vem congelando o meu coração. Já não debito esperanças no velho sonho de ser amado pelo meu verdadeiro amor. Cansei-me de esperar que um dia este tal amor deixe de ser tão novelesco para se tornar real!
Neste dia, tão alinhavado de futuro, prepara-se para apenas ser. Se já conseguiu crescer em tão pouco tempo, carregado de anos, então as coisas começam a encaminhar-se. E como um amigo um dia disse: “ As pessoas sobrevalorizam demasiado o amor!” E é precisamente isso o que vou deixar de fazer, porque afinal, raramente ficamos com os nossos princípes encantados, e no final de contas, só a Cinderela viveu feliz para sempre…

1 comentário:

Peter Pan disse...

....a branca de neve tbm viveu feliz para sempre =D menino adoro os teus textos mágicos, possuis uma magia brutal de transmitir para o teclado aquilo que te vai na alma, fazendo com k qas palavras soem bem, tao bem =P gosto de ti =)