segunda-feira, 13 de julho de 2009

Confusão Interna Eterna


O que se passa dentro da minha cabeça? Que confusão eterna entre o certo e o errado é esta que nunca me deixa agir? Sou tão vago que chego a ser parte do sinónimo desta palavra no dicionário. Este duelo sempiterno entre a razão e o coração, esta batalha interna que travo diariamente e que não me dá descanso um dia que seja. Porque é que quero sempre estragar tudo quando a totalidade do que existe é tão aparentemente benéfica para o meu ser? Porquê desistir de pintar um quadro que se começa a transformar numa bela peça de arte? Porque é que desisto? Porque é que tenho receio de continuar preferindo fugir e começar tudo outra vez? Porquê? Porquê estes porquês constantes e sufocantes? Acho que vou tatuar um ponto de interrogação no meu corpo, nada melhor para me definir do que este sinal de pontuação.
Há já muito que deixei de compreender porque é que existe esta diferença tão díspar entre o que quero e o que na realidade executo. Não entendo porque digo que almejo uma história de amor intensa, sincera, a verdadeira ascensão da palavra entrega, uma relação real e duradoura, e no final acabo por me distrair com o que se passa ao meu redor, desistindo de tentar, acabando por terminar entediado e sem vontade de permanecer forte e estável. O que se passa comigo? Não estarei preparado apesar de sentir que o que quero é mais certo do que o que faço? Ainda não aprendi a controlar-me? A lidar comigo? Ou será que sou mesmo assim e o desenlace é entregar-me à habituação desta perturbação psicológica? Preciso de respostas, soluções que nunca chegam, remédios que não se encontram à venda na farmácia!
E já nem sei em que estado me sinto. Se estou eufórico ou deprimido, feliz ou assoberbado por uma tristeza doentia. Só sei que não consigo deixar de me sentir inútil, lixo, um idiota daqueles sem ideias! Sei que já nada faz sentido e que sou uma garrafa a boiar no longo oceano. Cheia de turbilhões, com a rolha prestes a saltar, mas brilhante no exterior.
Tenho o hábito de mostrar o oposto do que sinto quando me sinto em baixo. Serei uma espécie de esquizofrénico mesmo não tendo rompido o contacto com o mundo exterior? Incoerente mental? Que sou? Que construi dentro de mim? Um monstro do sentir? Uma aberração que sente ferozmente mas passageiramente, ludibriando todos à sua volta com romances que na realidade não passam de mais um momento volútel? Que espécie de perversão é esta que não consigo controlar? Sinto-me colossal com tanto nojo! Confuso nesta imensidão pertubadora que se originou dentro de mim. Basta de arruinar sempre tudo!

2 comentários:

Sofia disse...

Não és o único a sentir essa imensidão dentro de ti... Sentimos sempre essas sensações contraditórias que nos fazem sentir angustiados... as vezes abrandam, outras vezes nos atacam, e por vezes nos perguntamos: serei normal?
Só tens de conseguir adquirir a capacidade de acalmar os "animos" dentro da tua alma, fechar os olhos e pesar os prós e os contras, e por vezes deixar de ouvir instintos animalescos e racionalismos doentios,e ai não ouvir, mas sim ESCUTAR o coração, tenho esperança que ele nos indique sempre o caminho certo, talvez para felicidade...
Vais encontrar o ponto de equilíbrio, é só preciso VIVER e não sobreviver, dia a pós dia. Não penses demais no que poderás esperar do ilusório futuro, a realidade está aqui e no agora!
Não te digo para deixar de sonhar, sonhar é diferente, sonha mas realiza, não desistas dos teus desejos e ambições.
Conheço-te e não és nenhum inútil como tu evidencias no texto, podes ser é sim uma alma perdida prestes a ser encontrada, és um poço de talento, tens muito para dar, e trazer ao mundo.

Força! :)

Terás-me sempre aqui hermana...

Beijinho*

Filipe Fernandes disse...

Obrigado, é somente o que consigo dizer!

Beijo grande.