quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Perdido


Sem rumo, sem destino, apenas com a humanidade insana de quem pretende surpreender. Caminhos, ligações. Pedra de calçada sentida, maré vazia que chega ao final do dia cansada, deslocada, ressentida por ser esquecida depois de usada.Aqui estou, sem ter a noção do que quero, mas iluminada a alma, pretendente do que vive, sabe bem, sabe ser. E sei mais do que julgo, sei tudo o que quero, sei que quero saber mais. E o verbo ser é presente, futuro diário de quem sonha, amargo doce mel, que me encanta e baralha.E a lucidez é transportada para o nível do inconsciente, e apenas o que ouvem são frases exactas de uma perdição que se prolonga e arrasta, empurrada pela maré da fraqueza!A grande civilização já passou e o que deixou, não foi o bastante para nos evoluir e fazer encontrar o Graal da evolução. Fazem então o que as normas indicam, e são poucos os que arriscam seguir ao contrário do povo, de olhos fechados, de mente tapada, com lenços disfarçados.Perdido! A reflexão da matéria, o ouro dourado. A menção que não chega para dizer não. E o longo caminho, perdido, aqui perfaz o que retrata a minha solidão. E tudo isto apenas para dizer... Perdido *

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