domingo, 19 de abril de 2009

Quero Perceber-te!


Explica-me como é possível não parar de pensar em ti?
Diz-me o que aconteceu naqueles breves momentos que tivemos juntos e que agora prolongamos em palavras ditas durante dias?
Quero perceber o que está a acontecer. Comigo. Contigo. Connosco. Quero uma razão lógica, quero mais certezas, não quero tantas dúvidas.
Quero perder este medo. Quero que me expliques o que pretendes de mim, se estou a confundir os sentimentos. Se vejo horizontes onde nada existe. Se estás aí por educação, se porque até sou uma boa companhia à distância, ou se existe algo mais.
Não quero deixar de ter o que está a acontecer agora, mas também não me quero magoar. Não quero pressas, quero ir devagar, quero gozar o início. Mas o começo de quê? De uma amizade? De uma paixão?
Responde-me! Diz-me o que sentes e o que está no teu coração! Não percebes que não consigo entender até que ponto posso estar a ser correspondido? E se já percebeste que posso vir a apaixonar-me por ti, para além deste corpo que possuímos hoje, porque não te afastas se nada queres? Ou queres e eu não percebo? Ou simplesmente somos uma amizade, importante, e nada mais? Nada sei...
Só sei que quero continuar a conhecer-te. Quero mais da tua essência, mais do teu mundo, mais de ti! Quero ficar cada vez mais encantado e fechar os olhos e pensar sempre em ti. Já imaginei tanto contigo que se te contasse irias tremer. Já te sonhei e já recordei esse mesmo sonho, e olha que raramente me lembro dos sonhos, aqueles que tenho ao dormir.
Mas tu não me respondes. Não me explicas o que pretendes. Continuo a não perceber-te, a não saber o que está a acontecer. Fico aqui à luz das velas esperando que venhas até mim. Que aceites os jantares que te quero dar, os cinemas que quero ver contigo, os mimos que quero trocar contigo, os sorrisos que quero provocar-te, a partilha que quero ter contigo!
E tudo o que quero é não provocar um afastamento. Não te quero assustar, não te quero longe. Quero-te perto, demasiado perto. Quero sentir o teu odor correr nos meus poros, o teu silêncio colado no meu burburinho! Quero acreditar que somos capazes se assim tiver de ser! Quero perceber-te para me compreender. Quero ter a certeza que posso acreditar no que me dizem. Preciso de saber que o que sei é verdade, que o que seremos será real, que tudo não passa de um sonho bom, e que sim, é agora o momento!
Profundo? Precipitado? Ansioso? Só não quero alimentar palavras e sentimentos. Só não quero ficar afogado na margem do rio, quando ainda tinha pé! Quero perceber-te e nadar sem receios...

2 comentários:

Samuel Pimenta disse...

Um texto sincero, sentido e muito forte... PERFEITO!

;)

... e para variar, faltam-me as palavras ...

Peter_Pan disse...

estamo-os a tornar cada vez mais sensiveis com as palavras que ja nem eu consigo comentar =) mas tal como te disse este texto deveria ser postado e ainda bem que foi...