terça-feira, 10 de junho de 2008

Quando não estás aqui


Quando não estás aqui, sinto que tudo o resto pode eventualmente fazer sentido, mas em vão. Consigo encontrar desculpas para o que digo e faço, mas por dentro sinto que é tudo esfarrapado, demasiado artificial. Deixo de me entender e dou por mim em situações que não me encaixam nas fórmulas que vêm nos livros. E aqui, quando não estás, perco-me a dar formas às nuvens que pincelam o céu.
Iludo-me nas entrelinhas que não consigo ler e passo a página para ajudar o tempo a passar, na esperança de conseguir encontrar resposta para tudo! Mas não entendo que as respostas muitas vezes são mais lentas que as dúvidas, e tudo o que me resta é esperar… ou mais sabiamente, permanecer na página, a ponto de resolver todos os exercícios.
Quando não estás aqui. Bolas! Sinto-me desvanecer, vejo o quão fraco ainda posso ser. Um medo que desconhecia possuir por recear estar sozinho e voltar à estaca zero, misturado com a coragem de quem quer destruir todas as teorias envoltas na minha reacção quase que impulsiva, no que respeita à paixão! E o que sou? Árvore carregada de frutos, de raiz bem presa à terra, mas que já não sabe como reagir às atrocidades meteorológicas. E o que fazer a tanto ramo?

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