domingo, 22 de junho de 2008

Rever-me


Chegamos a momentos na vida em que temos de olhar para dentro de nós afim de tentar perceber se ainda nos conhecemos. Se as opções que tomamos e que estão presentes hoje, continuam a fazer sentido e se nos preenchem. Hoje é o dia! Hoje, amanhã, e até conseguir perceber-me novamente.
Quero prosseguir com a consciência tranquila e preenchida de uma razão que pode não ser absoluta, mas que é real no momento! Quero andar de costas despidas de pesos invisíveis. Alongar as horas perdidas na rua por prazer e não por medo de regressar a casa, aquela consciência tão carregada de segredos e complicações. Pretendo amadurecer todas as arestas que em mim existem, ainda mais! Agora é chegada a altura certa para me sentar na poltrona da vida e guardar os cadernos de receios. Limpar o pó que vejo agora existir nos armários da sala. Ligar a televisão e relaxar. Pôr os pés no chão e respirar.
Basta de escritas sobre amores impossíveis, desilusões que vão constantemente existir, sobre marés que rebentam bem na minha cara. Vou rir e sorrir! Alegrar-me por viver. Viver e celebrar! Apreciar os alicerces que construí para mim próprio e continuar a prolongar o meu património pessoal. Vou abrir as mãos e sentir o sol quente no meu corpo. Deitar-me despido na areia e deixar o mar invadir a minha pele. Quero molhar-me de tudo e de todos!
Volto e revejo-me! Sossego o consciente e levanto-me! Já ninguém me para, já não há lágrimas a escorrer no meu rosto, já nada me diz nada e sou eu agora o meu próprio substituto do amor. Toco-me e sei que passei na inspecção a que me propus… Um dia voltarei aqui, depois de voltar a encher o saco da paciência!

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