quinta-feira, 10 de julho de 2008

Descanso...


Sinto as ervas a roçar nos meus pés, a brisa a soprar de mansinho refrescando-me o suor que aos poucos vai descendo no meu rosto. Olho em volta e encontro uma paisagem de perder de vista. O rio ao longe na sua calmaria, as árvores de tantos verdes que não encontro nomes, as cores pinceladas nas pétalas das flores que se vão mexendo, os pássaros que brincam em voos e cantorias harmoniosas.
Paro para tentar pintar a tela na minha mente, numa tentativa de registro fotográfico. Quero que tudo isto fique preso no meu pensamento. Pretendo relaxar e fugir da azáfama que vivo diariamente para respirar. Encontro-me num silêncio que não existe, mas que é diferente do que recebo todos os dias. Não preciso de continuar a viajar por lugares imaginários, este é suficiente para me fazer descansar.
Deito-me no chão, e deixo que a roupa fique com as marcas do verde da relva. Nada me importa agora, o mundo deixou de ter relógios e o tempo já não existe mais. Tudo o que tenho é este ambiente e a minha respiração tranquila! E assim me deixo ficar, perdido em pensamentos vazios, em dúvidas que se desvanecem, em máscaras que se quebram.
E o sol brilha no seu esplendor, descoberto na sua plenitude por falta de nuvens. A brisa continua, e sopra o meu corpo por inteiro. Sinto-me num lugar mágico em que fadas e duendes podem surgir a qualquer instante. E não me importo se posso fazer figura de idiota, a paz que sinto neste momento é mais forte que qualquer muralha!
Fico por aqui, e adormeço para despertar numa realidade que não queria para já! Tudo não passou de um sonho, de um descanso planeado pela minha mente para me dar o que procuro todos os dias. Acordo!

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