quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Ilusão...


Será da natureza humana a ilusão? Seremos nós irrepreensivelmente mágicos? Porque nos iludimos então sempre que uma nova porta se abre? Qual é o intuito de imaginarmos o que está para lá do que conhecemos? Uma vez mais, baralho-me nestas contas em que tento sempre encontrar o resultado, nunca me lembrando que não há total para ser apresentado. Somos o que somos, assim sem mais nem menos. Somos estranhos e complexos, e por um lado, é mesmo isso que nos torna únicos, autênticos e imprevisíveis, acrescento.

Tamanha ilusão de onde advém então? A questão continua aqui a borbulhar dentro do copo de champagne, e eu vejo-me às voltas para me tentar perceber. Estabilidade! Todos a pretendem, mas será realmente ela um dado adquirido? Dúvido.

Ando mais um pouco, e lá está novamente a cartola pronta a cuspir um coelho matreiro para cima de mim. Estou confuso agora! Quem cospe? Quem é o coelho? Não estarei eu a tramar tudo isto a mim próprio, e agora quero culpar o acaso? Também sou mágico pelos vistos.


Por certo, e porque uma resposta não está perto, retiro-me na esperança vã de que irá surgir uma resposta para esta esperança. De que as portas se vão abrir uma a uma e que tudo será explicado. De que não me vou iludir quando algo novo surgir. De que irei conseguir separar as coisas e não sofrer. Porque no fundo, a ilusão é também aquela que nos poupa de uma queda aparatosa, mas que nunca nos consegue passar a perna definitivamente. É apenas momentânea e ilusória por si só. Magia...

2 comentários:

Anónimo disse...

Bem... penso que somos "nós" que criamos essa ilusao, pois queremos encontrar uma explicaçao, uma resposta para tudo o que nos acontece... É verdade que as coisas acontecem por algum motivo, mas não nos devemos preocupar demais com isso, são coisas do destino

Anónimo disse...

A ilusão não é mais que um simples argumento para nos iludirmos, contudo ilusões não existem, apenas esperamos mais do que relamente é, um defeito, sim que todos temos e que (in)felizmente não o podemos controlar, digo "(in)felizmente" apenas qporque se por um lado não podemos controlar e estamos sempre a iludirmo-nos e sempre a ficar desgostosos quando o resultado tende a ficar nitido, por outro lado é isso mesmo que torna a vida VIVA, senão, se pudessemos ver sempre mais além e encontrar logo o resultado, seria tudo muito parvónio...

VÁ vamos a arrebitar e a curtir da vida... onde está o sentido de carpe diem? Onde estão os momentos a ser apoveitados ao máximo...

Keeps rockin' 'cause you still have your rock moves =)

Gosty, pessoa única e perfeita =D