segunda-feira, 18 de maio de 2009

Uma Casa no Fim do Mundo


Fazem-se à estrada numa aventura desconhecida. A música da rádio é substituída por uma banda sonora previamente definida. No interior do carro cinco pessoas, cinco enlaces, cinco destinos, cinco cruzamentos.
A vida ensinou-me que ela é composta de preciosos momentos inesperados, e esta ocasião vestiu-se a preceito exactamente dessa forma. Os sentimentos dentro de mim borbulham como as bolhas no interior de uma garrafa de champagne. E se a agitarem e tirarem a rolha?
Sonolência. Atenção. Pensamentos. Conversas soltas. Jogos. Relações. Conhecimentos.
O estranho não toma de todo papel neste cenário, embora uns se conheçam mais do que outros, no entanto estão todos aqui ligados e preparados para um fim de semana em conjunto. Sem receios, sem preconceitos, sem estratégias.
Naturalidade como linha que cose este vestido social. Boa disposição patente nos botões que se abotoam nas casas do casaco.
O sol vai caindo com o passar das horas para dar lugar à lua quase cheia que vai galgando o céu com fulgor. A neblina que surge no caminho cria um ambiente ainda mais sensível. Estrada em caminhos de ninguém. Curvas e contracurvas em montanhas de ribanceiras sinuosas e compostas de constantes perigos.
Por fim a chegada à casa de gerações. Telhado sobreposto a tijolos docemente cimentados.
Noite fora. O jantar. O após jantar. A diversão. Novamente os jogos. Folia. Todos unidos num serão campeão por ser uma deliciosa passagem dos ponteiros por nem se dar pelo avançar das horas! Por fim, o cansaço. A inércia. A hora do boa noite.
Até amanhã meninos...

Sem comentários: