Preciso de puxar um pouco ao sentimento. De desapertar o nó que foi dado na garganta. De soltar a voz nas palavras, numa espécie de desabafo, inaudível, apenas sonoro quando lido em voz alta.
No recanto do meu quarto, previamente criado e decorado para ser o meu canto especial em casa, encontro-me comigo e com o meu coração, aquele que devia estar machucado mas que eu insisto em sarar colocando constantemente pensos rápidos para não ter de enfrentar a dor. Deixá-lo quebrar porque se sente só? Para quê? Não preciso de sofrimento quando já pouca alegria possuo. Tristeza…
Sinto a luz ténue percorrer o meu corpo, vejo as sombras criadas no caderno pela minha mão que incansável escreve para não arrefecer o meu pensamento que fervilha numa inquietude penetrante e angustiante.
Como é possível estar tão rodeado e ao mesmo tempo estar tão despojado? Que pretendem de mim aqueles que chegam de mãos cheias de nada e de falsas promessas? Escuto. A minha respiração, o cortinado roçar a janela provocado pela brisa fraca que toma de assalto o arrepio da pele. Escuto. O movimento na rua, os candeeiros que agora iluminam a noite que chegou mais cedo. A lágrima que percorre o meu rosto… O sabor acre da solidão.
Que vem aí? Quando chegará até mim?
Quero entregar-me, quero ser eu, quero se aconchegado. Mas o carinho não chega, o abraço fica longe, e só ter uma amizade não é suficiente.
Sinto-me egoísta! Sinto-me amarrado a um egoísmo idiota e arrogante por me deixar ir abaixo, por me sentir só e estar cansado de ter apenas um vislumbre do que preciso, agora!
Não quero mais brincar. Não quero mais que tenha de ser tudo tão complexo e complicado. Não quero mais ser somente eu. Preciso de um sorriso, sincero. De uma mão dada, quando o meu mundo ruir. De um olhar em segredo, para me aconchegar. De um afecto a dois, de uma compreensão, de mais do que um amigo. Estarei a ser pretensioso ao pedir demais? Como, se há tanto que pouco me dão…
No recanto do meu quarto, previamente criado e decorado para ser o meu canto especial em casa, encontro-me comigo e com o meu coração, aquele que devia estar machucado mas que eu insisto em sarar colocando constantemente pensos rápidos para não ter de enfrentar a dor. Deixá-lo quebrar porque se sente só? Para quê? Não preciso de sofrimento quando já pouca alegria possuo. Tristeza…
Sinto a luz ténue percorrer o meu corpo, vejo as sombras criadas no caderno pela minha mão que incansável escreve para não arrefecer o meu pensamento que fervilha numa inquietude penetrante e angustiante.
Como é possível estar tão rodeado e ao mesmo tempo estar tão despojado? Que pretendem de mim aqueles que chegam de mãos cheias de nada e de falsas promessas? Escuto. A minha respiração, o cortinado roçar a janela provocado pela brisa fraca que toma de assalto o arrepio da pele. Escuto. O movimento na rua, os candeeiros que agora iluminam a noite que chegou mais cedo. A lágrima que percorre o meu rosto… O sabor acre da solidão.
Que vem aí? Quando chegará até mim?
Quero entregar-me, quero ser eu, quero se aconchegado. Mas o carinho não chega, o abraço fica longe, e só ter uma amizade não é suficiente.
Sinto-me egoísta! Sinto-me amarrado a um egoísmo idiota e arrogante por me deixar ir abaixo, por me sentir só e estar cansado de ter apenas um vislumbre do que preciso, agora!
Não quero mais brincar. Não quero mais que tenha de ser tudo tão complexo e complicado. Não quero mais ser somente eu. Preciso de um sorriso, sincero. De uma mão dada, quando o meu mundo ruir. De um olhar em segredo, para me aconchegar. De um afecto a dois, de uma compreensão, de mais do que um amigo. Estarei a ser pretensioso ao pedir demais? Como, se há tanto que pouco me dão…